SITE DA TURMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA PERNAMBUCANA DA FAFIRE

Os registros documentais no processo de desenvolvimento da maioria das instituições, grupos ou atividades contribuem para ratificar a determinação dos nossos propósitos, quaisquer que sejam eles e é condição fundamental para o sucesso das nossas ações. E a nossa história não adotou uma fórmula diferente.

A determinação, perseverança e o espírito de união, estiveram sempre presentes nas nossas atitudes, na forma de coordenação e articulação do grupo desde o início da proposta de realização desta segunda turma do curso de pós-graduação em cultura pernambucana.

O nosso objetivo aqui é documentar nossa experiência para contribuir e estimular as pessoas a vencerem desafios similares em suas trajetórias acadêmicas.

Em janeiro de 2006, fomos convocados pela Faculdade para uma reunião sobre o curso. Éramos na ocasião 10 (dez) alunos candidatos e o sentimento comum quanto a expectativa deste encontro era de discutirmos questões como seu funcionamento, o corpo docente, relacionamento aluno/Faculdade, detalhes sobre o calendário acadêmico, sobre o perfil do curso e por fim a tão esperada data: o dia do início das aulas.

Mas, não foi isto o que aconteceu.

As coordenadoras se apresentaram, falaram com bastante entusiasmo sobre a experiência da turma anterior e finalmente nos informaram que, por motivos operacionais o curso de especialização em cultura pernambucana não seria realizado em 2006. A seguir nos questionaram se tínhamos interesse em participar de outro curso de pós-graduação oferecido naquele momento pela instituição.

Ficamos desconsolados, porém, não nos intimidamos diante do imprevisto apresentado. Passamos então, um a um, a nos apresentarmos e descrevermos as expectativas pessoais em relação ao curso e quais decisões tomaríamos para refazer as nossas vidas, uma vez que abrimos mão de interesses pessoais e profissionais para podermos freqüentá-lo tão logo soubemos da sua realização pela Faculdade.

Expressamos naquele momento não só a nossa decepção como também a firme posição de não termos interesse em cursar outra especialização. Queríamos definitivamente CULTURA PERNAMBUCANA. Registramos, na condição de educadores e agentes culturais, a nossa necessidade em conhecer mais sobre a nossa cultura e consequentemente adquirir uma visão mais crítica sobre as nossas expressões artísticas e suas conexões entre o presente, o passado e o futuro no ambiente acadêmico pois julgamos ser o local mais adequado para tais discussões.

Passado o impacto inicial, sugerimos alternativas para equacionar as dificuldades operacionais apresentadas, e manifestamos, mais uma vez, a nossa firmeza em contribuir na solução do problema e viabilizar o curso. Tal atitude, constituiu um ambiente tenso, forte e feliz. As coordenadoras foram sensibilizadas e comprometeram-se a encaminhar nossas sugestões à Diretoria da FAFIRE. Finalizada a reunião, nos articulamos e fomos à luta.

Além do apoio das coordenadoras do curso, o que aliás foi determinante para alcançarmos nosso objetivo, contamos também com a ajuda de outras pessoas com acesso à Diretoria da Faculdade a fim de reforçar os nossos argumentos. Nossos esforços foram compensados. Conseguimos. O início do curso atrasou por um mês, iniciamos nossas atividades em março, mas estamos, como no primeiro dia, firmes no propósito que nos uniu, ou seja, no interesse de discutir e conhecer os processos de construção da nossa identidade cultural.

Hoje nossa turma se constitui em 26 (vinte e seis) alunos, entre artistas, agentes culturais e professores da rede pública e privada de ensino. Todos comprometidos em divulgar a cultura pernambucana através dos mais variados espaços, ou seja, nas Escolas, instituições culturais, comunidades populares, na comunidade acadêmica, Museus, e em fóruns físicos ou virtuais.