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CANTIGA DA RUA MENINA
Poema escrito em uma das raras publicações de Ladjane.
O Livro CANTIGAS - 2a edição - publicado em Recife, em 1957 foi dedicado a Esmaragdo Marroquim, Mauro Mota, Carlos Moreira, Padre Daniel Lima, Olimpio Costa Júnior, Benício W. Dias.

I

T
oda branca de vasias
sentinelas mais que ausentes,
de palavras arredias,
em contornos descontentes.
Oh ! Minha rua menina,
de saia curta e chinelo,
se deixas usar contigo,
teu verde, branco e amarelo,
te escreverei um artigo,
pra comprar um velocípede.






II

D
e longas sombras vadias,
te desenho uma aventura,
de muitas cores esguias,
eu te faço roupa escura.
Oh ! Minha rua menina,
de saia curta nas coxas,
para pintar os teus gestos.
uso apenas tintas roxas.
Se morreres vão teus restos
Levados de velocípede.
III

V
amos sangrar melodias,
para tirar o vermelho,
que é de toda rebeldia,
cor exata, exato espelho.
Oh ! Minha rua menina,
se quero fazer mostrengo
amarro cordão na lua,
que luz faz mamulengo.
A sombra que não for tua
não irá de velocípede.










IV

S
e desenhar as enguias
as farei de camisola
porei cor nas alegrias
que a cor engana e consola.
Oh ! Minha rua menina,
desenho o sol com rabicho
para puxar se quiser.
Só não pinto nenhum bicho
lobisomem: por qualquer
perderia o velocípede.

 




 

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